Ao comprar um imóvel financiado, muitas pessoas se concentram apenas no valor da entrada e nas parcelas mensais. Contudo, é importante entender que, além desses custos, há outros gastos envolvidos no processo. Por consequência, esses custos extras podem pegar de surpresa quem não se planeja com antecedência.
Se você está pensando em financiar um imóvel, é fundamental conhecer todas as despesas envolvidas, além do preço do imóvel. Neste artigo, explicaremos com detalhes esses custos, como eles funcionam e como você pode se organizar melhor para não ser pego de surpresa.
1. Taxa de avaliação do imóvel
Antes de aprovar o financiamento, o banco precisa avaliar o imóvel para garantir que ele realmente vale o valor solicitado. Esse processo é realizado por um engenheiro ou arquiteto credenciado.
Valor aproximado: de R$ 2.000 a R$ 3.000
Além disso, vale ressaltar que o valor pode variar dependendo do banco e da cidade. Em alguns casos, a taxa é cobrada logo no início do processo, enquanto em outros, ela pode ser incorporada ao financiamento.
2. ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis)
O ITBI, portanto, é um imposto municipal que deve ser pago sempre que um imóvel for transferido para o nome do comprador.
Valor: varia entre 2% e 3% do valor do imóvel
Por exemplo, se o imóvel custa R$ 300 mil, o ITBI pode chegar a R$ 9.000. No entanto, em algumas cidades e programas habitacionais, há a possibilidade de isenção parcial ou total do ITBI, especialmente para a compra do primeiro imóvel.
3. Registro do imóvel e escritura
Após o pagamento do ITBI, o próximo passo é registrar o imóvel em cartório, o que oficializa a propriedade no seu nome.
Valor aproximado:
Escritura: pode variar entre 1% e 1,5% do valor do imóvel (quando não financiado).
Registro: geralmente entre R$ 1.000 e R$ 4.000, dependendo do valor financiado.
Em casos de financiamento, normalmente não é necessário realizar a escritura pública, visto que o contrato com o banco já tem força de escritura.
4. Seguros obrigatórios
O financiamento imobiliário exige a contratação de dois seguros obrigatórios, que são incorporados nas parcelas mensais:
DFI (Danos Físicos ao Imóvel): cobre danos causados por incêndios, desastres naturais e acidentes.
MIP (Morte e Invalidez Permanente): garante a quitação do saldo devedor em caso de falecimento ou invalidez do comprador.
Esses seguros, por sua vez, variam de acordo com a idade do comprador, o valor do imóvel e o tempo de financiamento. Em média, os seguros representam entre 3% e 5% do valor da parcela mensal.
5. Taxas administrativas
Algumas instituições financeiras cobram taxas administrativas relacionadas à análise de crédito e abertura de cadastro. Embora esses valores não sejam muito elevados, eles precisam ser considerados no planejamento financeiro.
Valor médio: entre R$ 500 e R$ 2.000, podendo ser pagos à vista ou diluídos nas parcelas.
Exemplo prático
Vamos imaginar que você queira financiar um imóvel de R$ 250 mil:
Entrada: R$ 50 mil
ITBI (2%): R$ 5.000
Registro: R$ 3.000
Avaliação do imóvel: R$ 2.500
Custos iniciais aproximados: R$ 10.500 a R$ 12.500, além da entrada
Parcelas mensais: R$ 1.500 (incluindo seguros e encargos)
Portanto, além da entrada, você precisará considerar um valor extra significativo para cobrir todos os custos iniciais.
Dicas para se preparar
Faça simulações completas
Use os simuladores dos bancos não apenas para calcular as parcelas, mas também para estimar todos os custos extras envolvidos.
Guarde uma reserva além da entrada
O ideal é ter entre 5% e 7% do valor do imóvel guardado exclusivamente para os custos adicionais.
Verifique isenções disponíveis
Programas como o Minha Casa, Minha Vida (atualmente Minha Casa Verde e Amarela) oferecem isenção de ITBI e registro para quem se encaixa em determinadas faixas de renda.
Negocie com o banco e cartório
Em alguns casos, os bancos permitem parcelar os custos de avaliação ou registro, e os cartórios podem oferecer descontos para imóveis financiados.
Os custos extras no financiamento imobiliário, como você viu, podem pegar muitos compradores de surpresa. Contudo, com um bom planejamento financeiro, você pode se organizar de forma eficaz e evitar complicações no futuro.
Além da entrada e das parcelas, não se esqueça de considerar também as taxas de cartório, impostos e seguros obrigatórios. Ao conhecer esses custos com antecedência, você poderá fechar o negócio com mais segurança e tranquilidade.
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